Projeto de conciliação da VPJ em Marília alcança quase meio milhão de reais em acordos
anagatto
Sex, 03/05/2024 – 18:17
R$ 470.723,00 foi o resultado apurado nas audiências de conciliação realizadas na primeira edição 2024 do projeto “Conciliar é trabalhar de mãos dadas” da Vice-Presidência Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região em Marília, nesta quinta-feira, 2/5. Ao todo foram 4 acordos em 7 processos presenciais pautados. Por teleconferência, foram mais seis processos, dos quais 3 ficaram suspensos com possibilidade de acordo. As rodadas de conciliação, coordenadas pelo vice-presidente judicial do TRT-15, desembargador João Alberto Alves Machado, foram realizadas no Fórum Trabalhista de Marília, no período da tarde, e contaram com o apoio dos juízes locais Alexandre Garcia Muller (titular da 1ª VT) e Flavio Henrique Garcia Coelho (titular da 2ª VT), além do juiz Guilherme Guimarães Feliciano, auxiliar da VPJ, e do assessor econômico da 15ª Roberto Koga.
#ParaTodosVerem: Participantes da palestra em pé no auditório, à frente. Ao fundo, público sentado.
#ParaTodosVerem: Foto de uma sala de audiência, no centro uma mesa oval com três homens sentados, dois do lado direito da foto e o outro do lado esquerdo. Ao fundo, em uma outra mesa três homens, dois estão sentados ao lado de uma mulher e o outro em pé.
No período da manhã, a partir das 10 horas, no Auditório do Tribunal do Júri da Universidade de Marília (Unimar), o desembargador João Alberto Machado conduziu uma palestra a um público de advogados, empresários, representantes de entidades sindicais e estudantes em que apresentou a conciliação como uma opção de “melhor caminho para solução de conflitos e pacificação das partes”. Entre as autoridades presentes, o presidente da Subseção da OAB-Marília, Tércio Spigolon, e o advogado João Carlos Pereira.
Ainda no período da manhã, a comitiva da VPJ visitou o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Justiça Comum, onde foram recepcionados pela coordenadora do curso de Direito da Unimar Francis Marília Pádua e pelo gestor substituto do Cejusc do TJSP em Marília, José Ferreira Junior.
#ParaTodosVerem: Sentados à mesa os palestrantes, quatro homens. Doutor João Alberto fala ao microfone.
De acordo com o desembargador João Alberto Machado, encontros como o realizado em Marília atendem ao objetivo de difundir a cultura da conciliação, uma alternativa importante para ultrapassar os limites naturais que a Justiça do Trabalho enfrenta em razão do grande volume de demandas que diariamente são apresentadas para julgamento. “A construção dessa equidade e sentimento de pertencimento da Justiça não pode ser um ato só do Estado, mas também da sociedade”, afirmou o magistrado, sobre o papel das partes na composição dos conflitos e na busca da pacificação social. O desembargador João Alberto ressaltou a importância dessas experiências como uma “iniciativa válida de aproximação da comunidade com o Judiciário, principalmente em tempos de grande polarização da sociedade”. O magistrado salientou ainda as recentes mudanças em todo o mundo e principalmente no mundo do trabalho e nas relações sociais como os principais desafios que impactam a Justiça do Trabalho na atualidade. “A revolução digital e suas novas formas de trabalho e produção, as alterações na legislação, além do próprio volume de demandas obrigam a todos repensar novos caminhos, até mesmo os sindicatos, que não têm mais na indústria seu motor principal”, afirmou o magistrado.
#ParaTodosVerem: Público observa os palestrantes que estão sentados à mesa na frente do auditório.
Para reforçar essa cultura da conciliação, o desembargador João Alberto Machado também destacou outras iniciativas da Justiça do Trabalho como a Semana Nacional de Conciliação, a se realizar no final deste mês, num esforço conjunto dos Centros de Conciliação de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs), além de instrumentos de mediação pré-processual, uma novidade que permite a tentativa da composição das partes antes mesmo do ajuizamento da ação, tanto nas demandas coletivas como também nas individuais, recentemente aprovadas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.